Limite sempre sugere algo intrasponível, do qual não somos nem seremos capazes de transformar ou modificar. De fato, há limites que existem, e que são claros e exatos, e ao mesmo tempo imutáveis, pelo menos em princípio, como os limites de territórios, por exemplo. Porém, a própria natureza muitas vezes se encarrega de modificar esses limites, assim como aconteceu com a própria pangéia, que se dividiu em continentes. Demorou, mas a transformação do que eram os limites conhecidos aconteceu, gerando talvez outros limites, mas ao mesmo tempo, quebrando muitos outros.
Quando pensamos no "amar sem limites", nos parece uma coisa fácil de se fazer, pois o amar suaviza o sentido da palavra limites, porém, para que consigamos amar sem limites, assim como para que consigamos exito em qualquer coisa na vida, necessitamos exercitar esse amor "torto" que inatamente trazemos dentro de nós. Precisamos romper as barreiras do sentido óbvio da palavra limite, na certeza de que tudo se transforma, e que o que hoje nos parece um
limite, amanhã pode tornar-se o degrau que nos aproxima ainda mais do sonho de conseguir viver pelo menos quase que plenamente o carisma a que Deus nos chamou.

Não deixemos para amanhã! Não esperemos a oportunidade perfeita para começarmos a exercitar esse amor, e essa superação dos próprios limites. Comecemos hoje com o pequeno, ou talvez com o difícil, mas comecemos, pois tudo na vida tem mais de um ponto de vista, e somos capazes sim de alcançar as nuvens se quisermos, depende apenas da forma como encaramos esse desafio!